domingo, 10 de abril de 2011

A Escola de Palo Alto - Califónia

Foto: Gregory Barteson

 Esta  Escola surgiu nos Estados Unidos, Califórnia. Também chamada de Colégio Invisível, inicia os seus estudos em 1942, impulsionada pelo antropólogo Gregory Barteson.
O Modelo de Palo Alto tem origem nos anos 1980, na sequência dos trabalhos realizados nesta escola. Segundo o modelo criado, uma interacção está ligada à presença simultânea de actores sociais numa mesma situação. A forma como nos relacionamos uns com os outros, quer seja através de escrita, oralidade, atitudes, gestos e mesmo a forma de vestir e comunicar, são aspectos que temos que ter em conta. Isto quer dizer que não existe "um acto individual", mas sim "acto social". Isto leva-me a reflectir sobre a noção sistémica de que nada é isolado e que qualquer acção terá repercussões sobre todo o sistema.
Os estudiosos da Escola de Palo Alto contrapõem-se com o “modelo linear e telegráfico”, desenvolvido pela teoria matemática. Eles tentam aplicar outro modelo que é o circular retroativo, do qual a voz do receptor tem grande importância tanto quanto a do emissor. O princípio da retroação e feedback do esquema circular foi criado por Norbert Wiener (1948), um dos estudiosos da teoria matemática. Bateson e seus seguidores da Escola de Palo Alto acreditavam que a comunicação deveria ser estudada a partir de um modelo próprio, das ciências humanas, e não através de lógicas matemáticas.
No contexto de sala de aula, é pertinente definir com clareza, logo de início, aquilo que se espera das relações estabelecidas, para que fique clara a posição hierarquica do professor perante os alunos.
Neste contexto, ser bom ou mau professor é ter um comportamento que corresponda às expectativas que a comunidade tem de nós próprios. 
Muitas vezes, o processo de socialização que o aluno teve ou tem, nomeadamente na família, não lhes desenvolveu as competências para perceber que os outros têm expectativas quanto ao seu comportamento na escola. Ao agir de uma forma que corresponde às expectativas do seu grupo, viola as expectativas de quem está numa instituição que valoriza outro tipo de actos e reprime as acções em causa, gerando assim conflitos. Assim, o trabalho do professor é de comunicação verbal e não verbal, constante. Por isso a escolha de uma boa estratégia de comunicação é fundamental para que o que se pretende transmitir tenha sucesso.
Neste contexto, os aspectos comunicacionais na sala de aula é de primordial importância, no entanto muitas vezes, não lhe é dada a devida importância quando se planifica. 
Assim, dada a sua pertinência deveria ser dada uma atenção especial na formação inicial de professores de forma a despertar o interesse e a sensibilidade, para a necessidade de considerar além da comunicação formal a informal com o forma de conhecer e estar atenta às relações, permitindo-lhes agir de forma fundamentada.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342005000100014&script=sci_arttext&tlng=pthttp://educacao.uol.com.br/sociologia/interacionismo-simbolico-fundamentos.jhtm
http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/52.pdf
http://www.lib.uchicago.edu/projects/centcat/centcats/fac/facch12_01.html
http://www.brocku.ca/MeadProject/Mead/pubs2/mindself/Mead_1934_toc.html
 http://www.faculdadesocial.edu.br/dialogospossiveis/artigos/7/06.pdf
http://cyberdemocracia.blogspot.com/2007/07/interaccionismo-simblico-e-comunicao.html

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