sábado, 19 de março de 2011

Rejeição

O sentimento de rejeição provoca a sensação de abandono e de depreciação que poderá afectar mais umas pessoas que outras. Provavelmente a maioria das pessoas, em algum momento das suas vidas já  vivenciou este sentimento.
 A rejeição é o sentimento de não sermos aceitos por alguém ou um grupo e até mesmo uma instituição.  A rejeição é uma ferida que nos leva a buscar aceitação deste alguém e, se não alcançamos isto,  podemos muitas vezes partir para a vingança. O procurar esta aceitação e não alcançar pode levar a uma intensa culpa  ou a uma ira descontrolada. Estar livre dela é estar livre para crescer sem culpa e sem raiva armazenadas.
No entanto, a rejeição pode ser real ou imaginária, sendo que a imaginária pode ser tão dolorosa como a real e pode ocorre em vários tipos de situações, como nos relacionamentos amorosos, na vida social, familiar ou até no trabalho.
Muitas vezes basta um estímulo pouco significativo para sensibilizar uma personalidade já predisposta a este tipo de sentimento. Normalmente trata-se de pessoas com baixa auto-estima. São afectivamente carentes e apresentam maior vulnerabilidade, já que desejam amor e aceitação a qualquer preço. Para estas pessoas uma crítica pode significar humilhação.
Nas relações amorosas a sensação de rejeição pode provocar sérias consequências. Ao iniciar um relacionamento, o medo da rejeição está sempre presente. Na medida em que a relação progride essa insegurança diminui. Porém, em pessoas predispostas, ocorre o inverso. O medo da rejeição leva à necessidade insaciável de segurança e tem o mesmo efeito da rejeição real. Qualquer atitude, um tom de voz, uma resposta que não goste, mobiliza o sentido de perda e abandono. Para qualquer um, o término de um relacionamento é desagradável. Pessoas emocionalmente maduras lamentam a perda, mas continuam. Pessoas imaturas, com baixa auto-estima, resistem à perda, reagem a ela como se perdessem a si mesmas e não ao outro.
A solução será encontrarem-se, ou seja, encontrarem-se a si mesmas, num trabalho de resgate da auto-estima que possibilite amarem-se a si próprias para poder amar e ser amada pelo outro.
Costa, M.E.&Matos, P.M.(2007). Abordagem Sistémica do Conflito; Lisboa; Universidade Aberta 
http://silverioperes.wordpress.com/2010/07/19/a-interressante-estoria-de-joao-rejeicao/

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